Uma Travessia Épica: 37 km de Remadas, Suor e Paisagens de Cair o Queixo

Uma Travessia Épica: 37 km de Remadas, Suor e Paisagens de Cair o Queixo

Imagine isso: o sol nascendo atrás do Pão de Açúcar, você em uma canoa havaiana, rodeado de amigos tão malucos quanto você, com 37 km de água salgada pela frente. Parece coisa de filme, né? Mas foi exatamente isso que rolou numa travessia épica da Marina da Glória até o Arquipélago das Ilhas Cagarras, no Rio de Janeiro. Spoiler: não foi só sobre remar — foi sobre descobrir até onde o corpo e a mente conseguem ir quando você tá cercado de beleza, desafio e vibração.


O Começo: Na Marina da Glória, com Café na Veia e Sonhos no Coração

Acordar cedo já é padrão pra quem rema, mas no dia dessa travessia, o despertador parecia mais brutal do que nunca. Marina da Glória, 5 da manhã: o céu começava a mudar de preto pra aquele tom laranja que só o Rio sabe fazer. Enquanto todo mundo checava remos, ajustava assentos e dava aquela última alongada, o clima era de ansiedade e excitação.

A pergunta que rondava a mente de todos: “Será que aguento 37 km?” A resposta? Só tinha um jeito de descobrir.


As Primeiras Remadas: Força, Ritmo e o Despertar da Cidade

Assim que a canoa deslizou na água, o mundo pareceu desacelerar. A Baía de Guanabara, com o Pão de Açúcar ao fundo, se transformava no nosso palco particular. As primeiras remadas foram cheias de energia — e um pouco desajeitadas, porque, né, o ritmo demora pra engrenar.

A cidade acordava devagar enquanto a gente já suava. Remar no Rio tem esse contraste: de um lado, o caos urbano; do outro, a serenidade do oceano. E no meio de tudo isso, você, suado, concentrado e se perguntando como ainda tá tão longe das Cagarras.


A Meia Jornada: Quando a Força é Testada

Depois dos primeiros 15 km, a brincadeira acabou. As remadas que pareciam fluídas no começo começaram a pesar. Você olha pro lado, vê seus companheiros com aquele olhar de “Tamo juntos, mas tá foda”, e sente a vibração do grupo. É aqui que a magia do trabalho em equipe entra em cena.

Quando um cansava, o outro puxava o ritmo. Quando alguém gritava “IMUA!”, todo mundo encontrava uma força que não sabia que tinha. E enquanto o sol subia, o mar ficava mais vivo — ondas maiores, vento contra, e aquela sensação de que as Cagarras estavam se afastando em vez de se aproximar.


As Cagarras à Vista: Beleza Que Cura o Cansaço

E então aconteceu: o arquipélago apareceu no horizonte. As Ilhas Cagarras, com sua beleza imponente, pareciam dizer: “Vocês chegaram até aqui, então venham até o final.” E acredite, nada reenergiza mais do que ver seu objetivo tão perto.

A água ficou mais cristalina, as risadas começaram a voltar, e o ritmo da canoa ganhou uma nova cadência — mais determinada, mais cheia de propósito. Quando finalmente chegamos, o sentimento era um misto de alívio, conquista e aquele tipo de exaustão que faz tudo valer a pena.


A Chegada: Um Momento Pra Respirar e Agradecer

Nas Cagarras, o mundo parece diferente. O caos da cidade vira uma lembrança distante, e você se sente parte de algo maior. O som das ondas batendo nas rochas, as aves voando ao redor, e a água azul-turquesa são um lembrete de por que você acordou às 4 da manhã pra remar 37 km.

Depois de uma pausa pra hidratar, comer (finalmente!) e dar umas boas risadas sobre quem quase desmaiou no meio do caminho, veio o momento de voltar. Porque, é claro, na canoa havaiana, chegar é só metade da jornada.


O Que Essa Travessia Ensina Sobre Você

Essa travessia não foi só sobre remar de um ponto A pra um ponto B. Foi sobre descobrir o que significa se desafiar, confiar em um time e se conectar com a natureza de um jeito que a gente esquece no dia a dia.

Você percebe que, mesmo quando as ondas são contra e os braços parecem de gelatina, existe algo dentro de você que grita: “Continua!” E quando você tá cercado de pessoas que compartilham a mesma energia, o impossível parece, de repente, muito mais acessível.


Resumo da Ópera (ou da Travessia)

A travessia de 37 km da Marina da Glória até as Ilhas Cagarras foi mais do que um desafio físico. Foi um lembrete de que a vida é como remar: cheia de altos e baixos, momentos de cansaço e explosões de energia. Mas se você continua no ritmo, confia no time e aprecia as paisagens ao longo do caminho, a jornada sempre vale a pena.

E aí, pronto pra sua próxima travessia — na água ou na vida? IMUA!

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